Miguel Morgado
(1972)
Nasceu em Lisboa em 1972.
Desde cedo contactou com o mundo das artes. Em casa, conviveu de perto com a música clássica e com a pintura, descobrindo uma afinidade particular com pintores como Van Gogh, Pieter Bruegel, Pablo Picasso e Johannes Vermeer.
Pela mão do seu pai, Engenheiro Civil, aprendeu as principais bases do desenho e da perspectiva, tendo desenvolvido a sua paixão pelas linhas direitas e formas geométricas desde então.
Considerando-se sempre um autodidacta, explorou o caminho da fotografia, do desenho e da pintura. Paralelamente, estudou piano clássico e História. O seu percurso nas artes plásticas atinge a maturidade quando começa a explorar um estilo marcadamente geométrico, através da técnica de pintura com acrílico.
A sua grande paixão pela obra de Maria Helena Vieira da Silva exerce uma influência decisiva no aprofundar do caminho e linguagem escolhidos pelo artista.
Sem formação específica nesta área, as suas obras transmitem espontaneidade e reflectem uma visão muito particular do mundo actual. O artista considera que a sua formação se efectuou através das inúmeras horas passadas em alguns dos principais museus do mundo, nomeadamente, Musée du Louvre, Galleria degli Uffizi, Musée d’Orsay, Centre Pompidou, Musée Picasso, Fundação Gulbenkian e Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, entre outros.
Nas suas linhas geométricas, de cores fortes como o vermelho e o preto, ou de tonalidades mais frias como o azul, os seus quadros conseguem transmitir com claro impacto sensações como a velocidade e impaciência do quotidiano, a necessidade de fuga das tensões ou até mesmo uma liberdade individual que todos procuram mas que nem sempre encontram.
Diversas obras suas integram hoje colecções particulares. Em 2009, realiza a sua primeira exposição individual na Galeria 74, no Porto, e é convidado para efectuar uma outra em Itália na Galleria d’Arte Moderna ALBA. No mesmo ano é convidado a integrar a publicação “Mitos da Arte – Antologia de Pintores Portugueses Contemporâneos”, da responsabilidade do artista plástico Ernesto Coelho Silva, com o apoio da L’Agenzia di Arte, do Museu Colecção Berardo e Fundação Serralves.
Miguel Morgado encontra na pintura uma forma de libertação que tenciona utilizar para viver e respirar num mundo que hoje considera cada vez mais vazio de valores e de paixões.